César F. Raymundo
TEXTOS: “Lembra-te do dia de Sábado, para o santificar, seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus, não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia descansou, por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Êxodo 20.8-11).
“ Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isto tem sido sombra das cousas que haviam de vir, porém o corpo é de Cristo.” (Colossenses 2.16).
PENSAMENTO: O objetivo deste estudo é o de demonstrar que não devemos guardar o sábado para sermos salvos e nem por qualquer outro motivo. O sábado foi dado exclusivamente para os judeus, foi abolido com a morte de Cristo, pois era apenas sombra das coisas que haviam de vir.
Introdução: A Sr. Ellen G. White (da igreja Adventista do 7º Dia) escreve sobre a obrigatoriedade de guardar-se o Sábado como meio de salvação, vejamos: "Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna". (Livro: Testemunhos Seletos, vol. III pág.22, EGW ed1956). Quando os Adventistas teimam que a guarda do Sábado é indispensável para nossa salvação, não é porque estejam alicerçados na verdade Bíblica, mas sim nas visões da Sr. Ellen G. White. Essa cidadã declara que a guarda do Sábado constitui o selo entre Deus e o seu povo nos dias atuais: "Que é, pois, a mudança do Sábado, senão o sinal da autoridade da igreja de Roma - "a marca da besta"; "O selo da lei de Deus se encontra no quarto mandamento... Os discípulos de Jesus são chamados a restabelecê-lo, exaltando o Sábado..."(Livro: O Grande Conflito, Ed. condensada, 1992, pag. 267 e 269)". Muitos pastores declaram que, o que separa nós dos adventistas é a guarda do Sábado, e isto como se fosse questão secundária. No entanto, posso considerar a guarda do sábado como questão secundária (Romanos 14:5-6), mas para os adventistas, o sábado é questão de salvação ou perdição. Para os adventistas, a guarda do Sábado é o sinal que separa sua igreja, a verdadeira e única, das igrejas falsas, que são as evangélicas. Muitos não sabem que além da guarda do Sábado como ponto central de suas conversações, os adventistas têm outras doutrinas estranhas ensinadas em suas igrejas, tais como: o bode emissário ou Azazel como tipo da obra de Satanás de remover nossos pecados; o aniquilamento dos ímpios o sono da alma; Juízo investigativo (a redenção incompleta de Cristo); a Igreja remanescente caracterizada pelo Dom de profecia de E.G. White e a guarda do Sábado; adoração a Deus no Domingo como sinal da Besta; proibição de vários alimentos; a natureza pecaminosa de Jesus e etc...
1. Os Adventistas fazem distinção entre a “Lei de Deus” e a “Lei de Moisés”, dizendo que a Lei de Deus se restringe aos 10 mandamentos e continuará para sempre, e que a Lei de Moisés ou Lei cerimonial abrange o Pentateuco escrito por Moisés que foi abolida.
a) Os próprios Adventistas reconhecem que não existe divisão da Lei ao dizerem: "Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias categorias: 1) Moral; 2) Cerimonial; 3)Civil; 4) Estatutos e juízos; 5) Leis de Saúde". Esta classificação é em parte artificial" (Lições da escola Sabatina, p.18 de 08/01/1980).
b) Isaías 33:22; Tiago.4:12
* A Lei de Moisés – a Bíblia declara que só há um legislador e este é Deus. Assim, podemos afirmar com segurança, que essa suposta distinção entre Lei de Deus (os 10 mandamentos) e Lei de Moisés (O Livro da lei) não resiste a uma pesquisa bíblica.
c) Romanos 6:1 1-17; Gálatas 5:18-21; 2ª Coríntios 3:6-1 1
* “Lei de Deus” e “Lei de Moisés” são expressões sinônimas na Bíblia. Toda a lei escrita no Pentateuco é a lei de Deus e pode ser chamada de lei de Moisés também.
d) Neemias 8:1
* O Livro da Lei de Moisés. Este livro denominado de lei de Moisés, mais a frente, no mesmo livro de Neemias, é chamado de Lei de Deus (Neemias 8:8; 8:14).
e) Êxodo 22:21,22; 23:2; Levítico 19:2,16,18; Deuteronômio 16:19; 18:13
* Há preceitos morais fora dos dez mandamentos, sendo assim, os dez mandamentos não são completos, pois não proíbem a bebedice, a ingratidão e a ira, por isso não pode ser superior ao resto da lei.
f) Os dez mandamentos não são superiores aos outros mandamentos só porque foram escritos em pedras pelo dedo de Deus. Os dez mandamentos foram escritos em pedra por servirem de testemunha visível do concerto de Deus com Israel. A Bíblia também cita Tábuas do testemunho: Êxodo. 31:18; 25:16; 32:15, Arca do testemunho: Êxodo 40:5; Tabernáculo do testemunho: Êxodo 38:21. Por outro lado seria impossível escrever todo o Pentateuco em pedra e transportá-lo pelo deserto.
g) Mateus 22:36-40
* Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a ti mesmo, são os dois mandamentos mais importantes da lei de Deus, e ambos estavam fora do decálogo (Deuteronômio 6:5; Levítico 19:18).
2. O sábado foi dado exclusivamente para Israel.
a) Deuteronômio 5:15
* Deus ordenou a guarda do sábado para Israel.
b) Salmo 147:19-20
* Israel recebeu as leis de Deus e todas as nações ignoram essas leis (inclusive a lei de se guardar o sábado).
c) Ezequiel 20:20
* A guarda do sábado é sinal entre Deus e Israel.
d) Êxodo 16:22-30
* A guarda do Sábado não foi ordenada antes do decálogo no Sinai, desde o princípio do mundo. Em Ezequiel 20:10,12 diz que Deus disse que tirou Israel do Egito e lhe deu (não restaurou) os sábados como sinal consigo, quando os tirou do Egito.
e) Gênesis 26:5
* Abraão, na verdade, guardou diversos “preceitos”, “estatutos” e “leis” (Gênesis 12:1; 17:1, 2; 17:9, 11; 21:12; 22:2 e 26:2), mas em nenhum momento a Bíblia declara que ele tenha guardado o Sábado. Dizer que Abraão guardou o sábado é dar informações extra-bíblicas.
3. A guarda do sábado é aliança perpétua entre Deus e Israel.
a) Êxodo 31:16-17
* A guarda do sábado é aliança perpétua e sinal para sempre entre os filhos de Israel e Deus.
b) Levítico 23:31; Êxodo 12:14
* As festas judaicas são perpétuas para os filhos de Israel e os Adventistas admitem que elas foram abolidas. O fato do sábado ser perpétuo, não significa que esteja em vigor para os cristãos guardarem, pois se assim fosse, seríamos obrigados a guardar as festas judaicas que também são perpétuas.
4. Os cristãos não são obrigados a guardar o sábado, pois o mesmo foi abolido.
a) Isaías 56:1,7
* Quando Isaías disse que os estrangeiros (ou gentios) tinham que guardar o sábado, também disse que estavam obrigados a oferecerem holocaustos e sacrifícios no altar, no monte em Jerusalém. Portanto, tais estrangeiros (gentios) são da época de Isaías e não os gentios do Novo Testamento.
b) Hebreus 4:3-11
* O repouso sabático mencionado aqui em Hebreus não é o do quarto mandamento, mas é o repouso de uma vida de fé em Deus (Salmo 118:22-24; Mateus 11:28-30). Quem crê em Cristo entra no repouso sabático.
c) Colossenses 2:16
* Os cristãos não podem ser julgados por causa de dia de festas judaicas ou sábados. Estas coisas eram apenas “sombra das coisas que haviam de vir”, a realidade agora pertence a Cristo. Na verdade tanto o Sábado como às festas judaicas e outras cerimônias, eram apenas preceitos temporários. Todos eles foram abolidos.
d) Oséias 2:11
* Oséias profetizou sobre a abolição do sábado, as festividades judaicas e as luas novas.
e) Colossenses 2:16
* A profecia de Oséias se cumpre com a vinda de Cristo. Os sábados descritos em Colossenses 2:16, não podem ser os denominados “sábados cerimoniais ou anuais” que aparecem em Levítico 23, na relação dos feriados nacionais judaicos. Os chamados “sábados cerimoniais ou anuais” já se encontram incluídos na expressão “dias de festas” de Colossenses 2:16: "Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festas, ou lua nova, ou dos sábados". Seria uma repetição desnecessária Paulo falar sobre “dias de festas” (que já têm o sábado incluído), e em seguida falar dos “sábados”. Os Adventistas contestam que o Sábado de Colossenses 2:16 não pode ser o sábado semanal porque tais sábados não podem ser tidos como sombra. Na verdade, tanto pode, que é sombra do descanso que Cristo viria trazer para os seus (Mateus 11:28-30, Isaías 11:10. Hebreus 4).
5. Jesus e a guarda do sábado.
a) João 5:17, 18
* Neste texto de João os judeus acusam Jesus de violar o sábado.
b) Mateus 5:17-19
* Quando a Bíblia afirma que Jesus não veio destruir a lei e os profetas, isto não indica que o Sábado ainda esteja em vigor. A Bíblia não diz que cada jota ou til da lei vai permanecer até que o céu e a terra passem, mas diz que não passarão “sem que tudo seja cumprido”! E Jesus disse que veio cumprir a Lei em nosso lugar; logo, podemos afirmar que já passou (Lucas 16:16, 17; 24:44; Atos 13:29; Romanos 10:4; Colossenses 2:14-16).
c) Mateus 19:16-22
* Quando Jesus diz ao jovem rico: “guarda os mandamentos”, não significa que estamos debaixo da lei, mas significa que a Lei ainda não estava cumprida. Jesus cumpriu a lei de Deus e realizou um novo concerto, agora estamos debaixo da graça.
d) Marcos 2:28
* Aqui não se diz que o sábado é o dia do Senhor, mas que Jesus é superior ao Sábado (Mateus 12:1-8).
6. A instituição do dia do Senhor – o domingo.
a) Salmos 118:22-24, compare com Atos 4:11; Marcos 16:9
* A pedra rejeitada pelos judeus é Jesus. No termino do seu ministério, Jesus diante da corte de Pilatos foi rejeitado pelos judeus (Mateus 27:22). Desta forma a primeira parte da profecia do salmo se cumpriu: “a pedra que os edificadores rejeitaram...”. A outra parte da profecia que diz “tornou-se cabeça de esquina” cumpriu-se no dia da sua ressurreição de Cristo, quando Jesus declarou: “é me dado todo o poder do céu e na terra” (Mateus 28:18). O restante do salmo profético foi cumprido quando Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana - tornando-se o “dia que fez o Senhor” (Salmos 118:24). Com relação a esse dia “que fez o Senhor” - disse o salmista profeticamente: “Regozijemo-nos e alegremo-nos nele”. Esta parte final da profecia se cumpriu exatamente no primeiro dia da semana: “Chegada, pois, à tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas às portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus... De sorte que os discípulos se alegraram vendo o Senhor” (João 20:19-20).
b) Atos 20:7; 1ª Coríntios 16:2
* O Domingo se tornou o dia de culto cristão, e tal acontecimento constituiu-se em um fato incomum. Os primeiros cem mil cristãos eram judeus que haviam aprendido a realizar seu culto de adoração no sábado. Eles sabiam e temiam as conseqüências de se quebrar este dia de adoração. Tanto sabiam que os judeus perseguiam e queriam matar Jesus porque Ele violava o Sábado: "Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o Sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus". (João 5:18) A melhor explicação para a mudança do dia de adoração do Sábado para o Domingo foi o fato de Cristo ter ressuscitado. Do contrário, não poderia haver razão adequada que justificasse essa mudança.
c) Apocalipse 1:10
* João foi arrebatado em espírito no Dia do Senhor para receber as revelações do Apocalipse. De fato, o dia do Senhor se tornou o domingo porque assim o Senhor o fez. Se João quisesse se referir ao Sábado, bastaria indicar a forma convencional e o modo inequívoco usado em outras partes da Bíblia. Várias traduções da Bíblia mostram que o dia do Senhor descrito em Apocalipse 1:10, é o domingo (pesquise na Tradução Matos Soares; Tradução Figueiredo; Tradução das Ed. Paulinas; Versão dos Monges de Maredsous - Bélgica).
d) No grego do Novo Testamento, a expressão “O Dia Do Senhor” (Ap.1:10), está expresso no caso dativo: “té kyriaké hémerà”. Segundo o judeu Archer não existe base válida para que se questione se se trata de fato do Domingo. ATÉ HOJE ESSA É A EXPRESSÃO REGULAR PARA "DOMINGO" NO GREGO MODERNO”. (Archer)
e) A palavra sábado em todo o Antigo Testamento significa DESCANSO (em hebraico “shabat”) e não está ligado exclusivamente a um determinado dia da semana. Veja o comentário da Bíblia Vida Nova sobre a palavra hebraica shabat (sábado): “Não há razão linguística pela qual a palavra ‘sábado’ não pudesse ser também aplicada a um dia de descanso no princípio da semana. (Bíblia Vida Nova, comentário de rodapé página 199).
7. A abolição da guarda do sábado.
* Dos dez mandamentos registrados em Êxodo 20, o Novo Testamento ratifica apenas nove, excetuando o quarto, que fala da guarda do sábado. O Novo Testamento repete pelo menos:
• 50 vezes o dever de adorar a Deus;
• 12 vezes a advertência contra a idolatria;
• 04 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;
• 06 vezes a advertência contra o homicídio;
• 12 vezes a advertência contra o adultério;
• 06 vezes a advertência contra o falso testemunho;
• 09 vezes a advertência contra a cobiça.
Em nenhum lugar do Novo Testamento, no entanto é encontrado o mandamento de se guardar o sábado.
8 – Passagens mal usadas para defender a guarda do sábado no Novo Testamento.
a) Lucas 23:56
* Os discípulos descansaram no sábado segundo o mandamento, antes da ressurreição de Jesus, e além do sábado, eles também guardavam os demais ritos e festas judaicas.
b) Atos 13:14
* O texto acima não afirma que o apóstolo Paulo guardava o sábado. O texto apenas diz que Paulo entrava nas sinagogas nos sábados, evidentemente se aproveitando da reunião dos Judeus para pregar sobre Jesus (Colossenses 2:16-17).
c) Lucas 4:16
* Jesus tinha o mesmo costume de pregar nas sinagogas aos sábados, mas isto não indica que o sábado ainda esteja em vigor para os cristãos.
9. A guarda do Domingo não é uma instituição vinda da igreja Católica conforme afirma os Adventistas.
a) Os teólogos sabatistas usam freqüentemente a figura do Imperador Constantino para dizer também que a guarda do Domingo é de origem pagã. Constantino por sua vez decretou a guarda do Domingo como dia de descanso e adoração. Isto prova realmente que a guarda do Domingo começou com o decreto de Constantino? De maneira alguma! Os primitivos cristãos já guardavam o Domingo como dia de descanso para se reunir e cultuar ao Senhor muito antes de Constantino, e os sabatistas omitem este fato, veja:
- Justino, o Mártir: 100-167 d.C. Veja como Justino descreveu o culto cristão primitivo: “No Domingo há uma reunião de todos que moram nas cidades e vilas, lê-se um trecho das memórias dos Apóstolos e dos escritos dos profetas, tanto quanto o tempo permita. Termina a leitura, o presidente, num discurso, admoesta e exorta à obediência dessas nobres palavras. Depois disso, todos nos levantamos e fazemos uma oração comum. Finda a oração, como descrevemos antes, pão e vinho (suco de uva) e ação de graças por eles de acordo com a sua capacidade, e a congregação responde, Amém. Depois os elementos consagrados são distribuídos a cada um e todos participam deles, e são levados pelos diáconos às casas dos ausentes. Os ricos e os de boa vontade contribuem conforme seu livre arbítrio; esta coleta é entregue ao presidente (pastor) que, com ela, atende a órfãos, viúvas, prisioneiros, estrangeiros e todos quantos estão em necessidade” (Manual Bíblico, Halley)
- Inácio, 100 d.C., disse: "Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o Sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor".
- Tertuliano: 160-220. No início do século III, Tertuliano chegou a afirmar que: "Nós (os cristãos) nada temos com o Sábado, nem com outras festas judaicas, e menos ainda com as celebrações dos pagãos. Temos nossas próprias solenidades: O Dia do Senhor... (On indolatry 14). Em "De oratione"(23). Tertuliano insiste na cessação do trabalho no Domingo como dia de culto para o povo de Deus.
- O ensino dos Apóstolos, obra siríaca: Encontramos um testemunho muito interessante na obra citada, que data da segunda metade do século III, segundo a qual os apóstolos de Cristo foram os primeiros a designar o primeiro dia da semana como dia do culto cristão: "Os apóstolos determinaram, ainda: no primeiro dia da semana deve haver culto, com leitura das Escrituras Sagradas, e a oblação. Isso porque no primeiro dia da semana o Senhor nosso ressuscitou dentre os mortos, no primeiro dia da semana o Senhor subiu aos céus, e no primeiro dia da semana vai aparecer, finalmente com os anjos celestes" (Ante-necene fathers, 8668).(Enciclopédia Vida, autor judeu: Archer)
- Eusébio de Cesaréia: 264-340 d.C., bispo de Cesaréia, historiador da Igreja, viveu e foi preso durante a perseguição de Diocleciano contra os cristãos, a qual foi o último e desesperado esforço de Roma por varrer da terra o cristianismo. Um dos seus objetivos (objetivos de Roma) especiais foi destruir todas as escrituras cristãs... Eusébio viveu até o reinado de Constantino,... Um dos primeiros atos de Constantino, ao ascender ao trono, foi mandar preparar, sob a direção de Eusébio... Cinqüenta BÍBLIAS para as Igrejas de Constantinopla.(Halley). (os manuscritos que temos, provavelmente, saíram do trabalho de Eusébio). Agora vejamos o que Eusébio pensava a respeito da guarda do Sábado: "Eles, portanto, não consideravam a circuncisão, nem observavam o Sábado, como também nós; nem nos abstemos de certos alimentos, nem consideramos outras imposições que Moisés subseqüentemente entregou para serem observadas em tipos e símbolos, porque tais coisas não dizem respeito aos cristãos..."; "Também celebravam os dias do Senhor como nós, para comemorar a sua ressurreição" (Livro: História da Igreja, Eusébio, século III, P.27, 106, Ed. CPAD, ed.1999)
Barnabé: “De maneira que nós observamos o Domingo com regozijo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos”.
Dionísio de Corinto: “Hoje observamos o dia Santo do Senhor, em que lemos em sua carta”.
Vitorino: “No dia do Senhor acudimos para tomar o pão com ações de graça, para que não se creia que observamos o sábado com os judeus, o qual Cristo mesmo, o Senhor do sábado, aboliu em seu corpo”.
10. A guarda do Domingo não é de origem pagã.
a) Os Adventistas em seu folheto "Por que se Guarda o Domingo?" afirmam: "O Domingo, segundo (dicionário de Inglês) Webster, chama-se assim (dia do Sol), por que era antigamente dedicado ao Sol ou ao seu culto". Se seguirmos esta lógica dos Adventistas, podemos afirmar que a guarda do Sábado também é de origem pagã, pois Saturday (sábado, em inglês) era o dia do deus Saturno, celebrado com orgias.
b) Os teólogos Adventistas parecem ignorar que os dias da semana eram indicados por nome de planetas e astro Sol, como segue: Domingo: Dia do Sol, segunda: dia da Lua, Terça: dia de Marte, Quarta: dia de Mercúrio, Quinta: dia de Júpiter, Sexta: dia de Vênus, SÁBADO: DIA DE SATURNO.
c) Do ponto de vista histórico, teológico, os Adventistas só tendem a se darem mal, pois desde os pais da Igreja cristã até Lutero, a guarda do Domingo sempre teve um patamar especial acima de todos os dias da semana, embora não se vê imposição para a guarda do mesmo como acontece no caso do Sábado.
d) A guarda do Domingo não será o sinal da besta (666) como afirmam os sabatistas, e o selo de Deus na vida do cristão não é a guarda do Sábado, mas é o selo do Santo Espírito da promessa. Com relação a marca da besta, o Senhor conhece os que lhe pertencem e estes jamais receberão a marca da besta (Efésios 1:13; 2ª Timóteo 2:19; ver também: Oséias 2:11; Colossenses 2:16-17; Isaías 1:13-14; Gálatas 4:9-10).
PALAVRA FINAL: A verdadeira Igreja de Cristo, nunca impôs a obrigatoriedade de se guardar um dia de forma legalista, seja ele o Domingo ou o Sábado, pois o apóstolo Paulo deixou claro que, quem fica guardando dias religiosos e fazendo deles seu baluarte, decaíram da Graça (Gálatas 4:10,11; 5:4). Existe uma grande diferença entre os dois Pactos, as duas alianças, para que possamos servir à Deus da forma que ele se agrada e possamos produzir frutos para a Glória de Deus. Só por Fé, sem obras da Lei, podemos viver uma vida em Graça que agrade a DEUS. Por isso, a Bíblia diz em Hebreus 8:13: “Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer”.
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Apostila 004 – Devemos guardar o sábado?
Autor: César Francisco Raymundo
Este é mais um material do periódico Revista Cristã Última Chamada, publicada com a devida autorização e com todos os direitos reservados no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro sob nº 236.908.
Contato com o autor: E-mail: ultimachamada@bol.com.br
Homepage: www.revistacrista.org
É proibida a reprodução total ou parcial sem a permissão escrita do autor.
Agosto 2006 - Londrina – Paraná
Autor: César Francisco Raymundo
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